Cessna 175: tudo sobre características, uso e manutenção
Quando falamos de Cessna 175, um monomotor leve muito usado para treinamento de pilotos e voos curtos de passageiros, estamos tratando de um avião que evoluiu a partir do Cessna 172, um dos modelos mais populares da história da aviação. Esse vínculo significa que o 175 compartilha a mesma geometria básica, mas ganha um motor um pouco mais potente e envelope de voo mais ágil. Na prática, ele se encaixa perfeitamente na aviação geral, onde escolas de voo, clubes e pequenos operadores encontram na máquina um equilíbrio entre custo e performance.
Principais características e aplicações
O Cessna 175 tem motor de cerca de 160 cv, asa alta e cabine de quatro lugares, o que o torna fácil de manejar em pistas curtas. Ele costuma ser a escolha número um para escolas que querem oferecer mais “espaço de manobra” sem trocar de plataforma. A capacidade de voar a altitudes moderadas também abre portas para missões de patrulha leve, inspeção de linhas de energia e até voos turísticos de curta duração. Como o 172, o 175 usa um trem de pouso fixo, reduzindo custos de manutenção e simplificando as inspeções regulares.
Falando em manutenção, a manutenção de aeronaves, é um conjunto de procedimentos que garante a segurança e a eficiência do avião se torna um ponto crítico para quem opera o 175. O plano de inspeção padrão (A‑check) recomenda verificações a cada 100 horas de voo, incluindo troca de óleo, inspeção dos componentes do motor e teste dos sistemas elétricos. Ignorar essas etapas pode levar a falhas que afetam diretamente a confiabilidade do avião, algo que os pilotos de aviação geral não podem se dar ao luxo de arriscar.
Outra entidade que aparece frequentemente ao lado do Cessna 175 é o Piper PA-28, um concorrente direto que também atende escolas de voo e operadores privados. Enquanto o PA-28 costuma apresentar um design de asa baixa, o 175 prefere a configuração de asa alta que oferece melhor visibilidade para o piloto em treinamento. Essa diferença de design cria duas opções distintas para quem busca um avião adequado ao estilo de voo desejado.
Essas relações dão origem a alguns fatos importantes: o Cessna 175 herda a robustez do Cessna 172, exige manutenção preventiva rigorosa, e complementa o leque de aeronaves da aviação geral junto ao Piper PA-28. Cada uma dessas conexões ajuda a entender por que ele continua relevante nos aeroportos regionais.
Para quem pensa em comprar ou alugar um 175, vale observar alguns indicadores de valor de mercado. Os preços variam conforme horas de voo, estado de conservação e presença de upgrades como aviônicos Garmin G1000. Aeronaves com menos de 5.000 horas de voo e histórico completo de manutenção costumam ter revenda mais alta, especialmente em regiões onde a demanda por treinamento de pilotos está em alta.
Se a sua preocupação é desempenho, saiba que o 175 decola em torno de 1.250 pés e atinge velocidade de cruzeiro próxima a 122 nós. Isso o coloca acima de muitos competidores de mesma categoria, proporcionando trajetos mais curtos entre aeroportos pequenos e maior margem de segurança em caso de necessidade de subida rápida.
Finalmente, a comunidade de operadores de Cessna 175 costuma trocar dicas sobre check‑lists, ajustes de mistura de combustível e otimização de peso‑balance. Esses grupos são excelentes fontes de aprendizado prático, especialmente quando se trata de ajustes finos que não aparecem nos manuais oficiais.
Agora que você já tem uma visão completa – desde a origem do modelo até as exigências de manutenção e comparações com concorrentes – pode explorar a lista de artigos abaixo. Eles trazem notícias recentes, análises detalhadas e histórias de quem usa o Cessna 175 no dia a dia da aviação geral.

Acidente de avião no Pantanal mata arquiteto chinês Kongjian Yu e dois cineastas
Um Cessna 175 de 1958 caiu na Fazenda Barra Mansa, no Pantanal, na madrugada de 23 de setembro de 2025. O acidente matou o renomado arquiteto chinês Kongjian Yu, dois cineastas brasileiros e o piloto. Por causa de porcos selvagens na pista, o pouso foi abortado e a aeronave despencou, explodindo ao tocar o solo. As equipes de resgate trabalharam nove horas em meio ao difícil acesso da região. O CENIPA abriu investigação para determinar as causas exatas do desastre.