Calendário de feriados 2025: Governo divulga 10 feriados nacionais e 8 pontos facultativos
                                                nov,  3 2025
                        O Governo Federal divulgou, em 23 de dezembro de 2024, o calendário oficial de feriados nacionais e pontos facultativos para 2025, por meio da Secretaria de Gestão do Ministério da Administração Federal. O documento, publicado no site gov.br, define as datas que impactam diretamente a rotina de milhões de servidores públicos e, indiretamente, o funcionamento de empresas, escolas e serviços em todo o país. A surpresa? Quatro dos dez feriados nacionais caem em finais de semana — o que significa menos dias de folga efetiva para a maioria da população. Isso não é só um detalhe calendário: é uma questão de qualidade de vida, economia local e até de produtividade.
Os feriados nacionais de 2025: quatro caem no fim de semana
Os feriados fixos que todos conhecem estão lá, mas com um detalhe incômodo: a coincidência com sábados e domingos. O Dia da Independência do Brasil, em 7 de setembro, cai em domingo. O Dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, também é domingo. Já o Dia de Finados, em 2 de novembro, e a Proclamação da República, em 15 de novembro, caem, respectivamente, em domingo e sábado. Isso reduz o impacto prático dessas datas: ninguém tira folga quando o feriado já é dia de descanso. Na prática, só os trabalhadores que têm escala em fim de semana — como enfermeiros, policiais ou motoristas — se veem afetados. Para os demais, é só um dia a mais no calendário.
Os feriados que realmente movimentam o país são os que caem em dias úteis: Confraternização Universal (1º de janeiro, quarta), Tiradentes (21 de abril, segunda), Dia do Trabalho (1º de maio, quinta) e Natal (25 de dezembro, quinta). O de 21 de abril é especialmente relevante — cai na segunda-feira, criando um feriadão de quatro dias com o fim de semana. É o tipo de data que gera movimento no turismo interno e nos comércios locais.
Pontos facultativos: confusão entre órgãos e horários específicos
Os pontos facultativos, por outro lado, são uma zona cinzenta. O governo federal lista oito, mas nem todos são unânimes. O Carnaval (3 e 4 de março) e a Quarta-Feira de Cinzas (5 de março, até 14h) são tradicionais. O Corpus Christi (19 de junho) também é amplamente respeitado. Mas aí vem a confusão: o Dia do Servidor Público aparece em duas datas. O governo federal diz que o ponto facultativo será em 27 de outubro (segunda-feira), antecipando a data oficial de 28 de outubro, terça-feira. Já o Senado Federal, em seu site institucional, só menciona o dia 28. O que isso significa? Que servidores federais podem ter folga em dias diferentes, dependendo da pasta. E empresas privadas? Muitas seguem o calendário do governo, mas não há obrigação. Resultado: um caos administrativo em potencial.
Outro ponto delicado: as vésperas. A Véspera do Natal (24 de dezembro) e a Véspera do Ano Novo (31 de dezembro) só são pontos facultativos após as 13h. Isso não é só um detalhe burocrático — é um sinal de que o governo quer manter serviços essenciais funcionando. Mas na prática, muitos órgãos fecham antes. E se um funcionário sair às 12h30? Ele está em falta? A lei não diz. Apenas sugere. E isso gera insegurança.
Discrepâncias oficiais e o que as empresas devem fazer
A ANBIMA, associação do mercado financeiro, só lista os feriados nacionais — ignora os pontos facultativos. Isso é intencional: o setor financeiro tem seu próprio calendário, com regras próprias. Já o Senado Federal inclui um ponto facultativo extra: a Semana Santa (17 de abril), ausente no documento do Executivo. Isso mostra que, mesmo entre órgãos públicos, não há consenso. O que fica claro? O calendário federal é um guia, não uma lei absoluta. Cada estado e município pode adicionar os seus. Em São Luís, por exemplo, 28 de julho é feriado estadual — Dia da Adesão do Maranhão à Independência. Em outros lugares, 8 de março (Dia da Mulher) ou 15 de outubro (Dia do Professor) viram folgas locais. Não é só uma questão federal: é uma questão regional.
Impacto econômico e social: menos feriados, mais pressão
Quatro feriados em fim de semana em 2025 é o maior número desde 2019. Isso reduz o número de dias de folga efetiva em até três dias em comparação com anos anteriores. O que os economistas chamam de "efeito de consumo" — gastos com viagens, restaurantes, entretenimento — fica comprometido. O turismo interno, que movimenta mais de R$ 12 bilhões por ano em feriados prolongados, pode ter uma queda significativa. E os trabalhadores? Muitos já reclamam: "Se o governo quer mais produtividade, não pode tirar os dias de descanso." A percepção é clara: o calendário parece mais voltado para economizar custos do que para valorizar o tempo de vida.
Além disso, a falta de uniformidade entre os órgãos públicos gera ineficiência. Um funcionário do Ministério da Saúde pode ter folga em 27 de outubro, enquanto o colega da Receita Federal trabalha. Isso atrapalha a coordenação de serviços nacionais. E o pior: não há orientação clara para o setor privado. As empresas precisam decidir sozinhas: seguem o governo? O Senado? O calendário do sindicato? A resposta mais comum? "Fazemos o que a maioria faz."
Próximos passos: o que esperar até 2025
Até o fim de janeiro de 2025, os governos estaduais e municipais devem publicar seus próprios calendários. É provável que estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia adicionem feriados locais, ampliando ainda mais a complexidade. As empresas de tecnologia e serviços, que já adotam modelos híbridos, devem continuar flexibilizando. Mas as indústrias e o comércio tradicional? Vão seguir o calendário federal — mesmo que isso signifique menos dias de folga.
Um ponto que ninguém está discutindo: e se o governo criasse um "feriado nacional móvel"? Como fazem alguns países europeus — quando um feriado cai em fim de semana, o próximo dia útil vira folga. Isso resolveria o problema da desigualdade e aumentaria o bem-estar. Mas até lá, os brasileiros vão ter que se acostumar: 2025 promete ser um ano de muitos feriados… na teoria.
Frequently Asked Questions
Quais feriados nacionais de 2025 caem em fim de semana e por que isso importa?
Quatro feriados nacionais em 2025 caem em sábados ou domingos: 7 de setembro (Independência, domingo), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida, domingo), 2 de novembro (Finados, domingo) e 15 de novembro (Proclamação da República, sábado). Isso significa que, para a maioria da população, esses dias não geram folga extra — apenas reforçam o descanso semanal. O impacto é econômico: menos movimento em viagens, restaurantes e comércio, reduzindo o efeito multiplicador dessas datas.
Por que há divergência sobre o Dia do Servidor Público em 2025?
O governo federal determina que o ponto facultativo será em 27 de outubro (segunda-feira), antecipando a data legal de 28 de outubro (terça-feira), conforme a Lei nº 8.112/1990. Mas o Senado Federal só menciona o dia 28. Essa discrepância gera confusão entre órgãos públicos e empresas. Servidores podem ter folga em dias diferentes, e não há obrigação legal para o setor privado seguir qualquer uma das datas. A solução mais comum é adotar a antecipação, mas a insegurança jurídica permanece.
As empresas privadas são obrigadas a seguir o calendário federal de feriados?
Não. As empresas privadas só são obrigadas a respeitar os 10 feriados nacionais — os pontos facultativos são opcionais. No entanto, muitas adotam o calendário federal por conveniência, para manter a harmonia com fornecedores, clientes e funcionários públicos. O que acontece na prática? Empresas de tecnologia costumam ser mais flexíveis; indústrias e comércios seguem o calendário oficial para evitar conflitos operacionais.
O que é diferente nos feriados municipais, como os de São Luís?
Cada município pode criar seus próprios feriados. Em São Luís, por exemplo, 28 de julho é feriado estadual (Adesão do Maranhão à Independência), e 8 de dezembro é feriado municipal (Nossa Senhora da Conceição). Isso significa que, enquanto em São Paulo o serviço público funciona, em São Luís está fechado. Funcionários que trabalham em empresas com filiais nacionais podem ter calendários diferentes por região — um desafio logístico real para RH e gestão de equipes.
Por que o Carnaval e a Quarta-Feira de Cinzas têm horários específicos para ponto facultativo?
O governo define que o ponto facultativo no Carnaval (3 e 4 de março) é total, mas na Quarta-Feira de Cinzas só vale até as 14h. Isso ocorre porque, historicamente, o serviço público precisa manter funções essenciais — como saúde, segurança e transporte — mesmo em dias de festa. A medida busca equilibrar tradição e funcionalidade. Na prática, muitos órgãos fecham antes, mas tecnicamente, quem trabalha após as 14h deve ser remunerado como hora extra.
Haverá alterações no calendário antes de 2025?
É pouco provável. O calendário foi publicado em dezembro de 2024 e, por lei, só pode ser alterado por decreto presidencial. Mudanças só ocorrem em situações de emergência ou por decisão judicial. O que pode mudar são os feriados municipais e estaduais — que ainda serão anunciados até janeiro de 2025. O setor privado, por sua vez, pode ajustar seus calendários internos conforme a necessidade, mas os feriados nacionais estão consolidados.
Willian de Andrade
novembro 4, 2025 AT 08:04