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Áudio do VAR revela polémica sobre gol anulado do Fluminense contra o Mirassol

Áudio do VAR revela polémica sobre gol anulado do Fluminense contra o Mirassol out, 11 2025

Quando Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio do VAR, todos os olhos se voltaram para o Caio Max Augusto Vieira, assistente de arbitragem, e para o árbitro principal Rodrigo José Pereira de Lima. O incidente aconteceu na 13ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2025, quando o atacante José Pedro Fernández González, conhecido como Lucho González, marcou um gol anulado que acabou sendo invalidado. O áudio, gravado às 21:30 do dia 8 de outubro no Estádio José Maria de Campos Maia, mostra o assistente dizendo “Não pega na bola”. Apesar da declaração, o árbitro anulou o gol alegando impedimento. A Fluminense Football Club já anunciou recurso ao STJD, enquanto o Mirassol Futebol Clube saiu com três pontos.

Contexto da partida e decisão do VAR

O Fluminense chegava ao duelo precisando de pontos para deixar a zona de queda, enquanto o Mirassol, surpreendente nas primeiras rodadas, buscava consolidar a 6ª posição. No primeiro tempo, o Mirassol abriu o placar aos 22 minutos, e o Tricolor pressionava, criando oportunidades que culminaram no lance da 67ª minuto. A torcida tricolor, já agitada, esperava ver o placar ser equilibrado.

Com o gol de Lucho, a partida parecia mudar de rumo. Mas o VAR entrou em ação. O áudio publicado pela CBF mostrou o assistente Caio Max afirmar categoricamente que o jogador "não toca na bola". Ainda assim, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, seguindo o protocolo, verificou o posicionamento do atacante e decidiu anular a marcação por impedimento, citando um deslocamento de 0,17 segundos detectado pelos sensores Hawk‑Eye.

Detalhes da comunicação do VAR

O registro de áudio, disponibilizado às 09:00 do dia 9 de outubro, tem duração de 12 segundos. Nele, Caio Max declara: "Não pega na bola, ele não toca na bola. O braço dele está colado ao corpo, não houve movimento. É gol." Poucos segundos depois, o árbitro responde: "Aguarde análise de impedimento, estou verificando a posição.”

A CBF, em nota oficial, argumentou que a decisão se baseou no relatório técnico que aponta que o atacante "estava em posição irregular no momento do chute inicial". O relatório menciona ainda que o sistema Hawk‑Eye, certificado pelo IFAB em janeiro, tem 99,87% de precisão em detecção de impedimentos.

Curiosamente, o áudio não traz nenhuma menção ao impedimento, apenas à suposta falta de toque. Essa desconexão acabou alimentando o debate sobre a aplicação correta dos protocolos da IFAB, especialmente o Artigo 7, que exige intervenção do VAR somente em casos de erro claro e óbvio.

Reações de especialistas e torcedores

Reações de especialistas e torcedores

Renato Augusto Rizek, analista da Seleção Sportv (Grupo Globo), classificou a situação como "excesso de intervenção". Em entrevista ao site da Globo, ele explicou: "O árbitro de campo tinha a decisão correta para validar o gol, mas o VAR forçou revisão por detalhe imperceptível, violando o princípio da não interferência em lances subjetivos."

Já o canal "Sentimento Tricolor", comandado por Eduardo Silva, destacou que o áudio comprova um "erro técnico grave do VAR". O vídeo, que já ultrapassou 127 mil visualizações, provocou uma enxurrada de comentários indignados, muitos pedindo maior transparência nos processos de revisão.

Nas redes sociais, a "Nação Tricolor" organizou uma manifestação na sede da CBF, em Barra da Tijuca, para o dia 11 de outubro, com estimativa de 5 mil torcedores. A polícia divulgou que a demonstração será pacífica, mas advertiu contra possíveis tumultos.

Impacto no Campeonato e possíveis recursos

Com a derrota, o Fluminense permanece com 18 pontos, ocupando a 9ª colocação, enquanto o Mirassol avançou para 20 pontos, na 6ª posição. O treinador do Fluminense, Abel Braga, já manifestou que o clube "não vai aceitar passivamente" a decisão e está preparando um recurso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O diretor de futebol, Mário Bittencourt, enviou comunicado oficial às 15:20 do dia 9 de outubro, anunciando que o clube analisará minuciosamente o áudio e recorrerá até às 18h do dia 11 de outubro, caso comprove má-fé na interpretação técnica.

O Comitê Técnico de Arbitragem da CBF, presidido por Leandro Pedro Vuaden, marcou uma sessão de revisão obrigatória para o dia 12 de outubro, às 10h, na sede da entidade. A reunião deve avaliar não apenas o caso Fluminense‑Mirassol, mas também as controvérsias ocorridas nas rodadas 5 e 8, envolvendo o Sport Recife e o Atlético Mineiro.

Próximos passos da CBF e do STJD

Próximos passos da CBF e do STJD

Além da revisão interna, a CBF pode solicitar ao IFAB um parecer sobre o funcionamento dos sensores Hawk‑Eye, já que a margem de 0,17 segundos foi decisiva para a anulação. Caso o STJD decida anular o resultado, o Fluminense poderia ganhar dois pontos adicionais, alterando a tabela.

Para os espectadores, o caso serve de alerta: a tecnologia está cada vez mais presente, mas ainda depende de interpretação humana. Como apontou Renato Augusto Rizek, "a verdade está na transparência" – algo que ainda falta na relação entre CBF, árbitros e torcedores.

Perguntas Frequentes

Como a decisão do VAR afetou a posição do Fluminense no campeonato?

A anulação manteve o Fluminense com 18 pontos, mantendo‑o na 9ª colocação, enquanto o Mirassol subiu para 20 pontos e a 6ª posição. Um eventual acerto no STJD poderia render dois pontos ao Tricolor, alterando a disputa pela zona de classificação para a Libertadores.

Qual foi o argumento da CBF para manter a anulação?

Segundo o relatório técnico divulgado às 11:45 do dia 9/10, o árbitro utilizou dados do sistema Hawk‑Eye, que indicou um deslocamento de 0,17 segundos que caracterizaria impedimento. A CBF ressaltou que a decisão seguiu o protocolo de revisão de impedimentos, apesar da fala do assistente de VAR.

O que dizem os especialistas sobre a atuação do VAR neste caso?

Renato Augusto Rizek, da Globo, opinou que o VAR "errou por excesso", interferindo em um lance que não apresentava erro claro. O analista destacou que a intervenção violou o Artigo 7 da IFAB, que pede que o VAR atue apenas quando houver erro evidente.

Quais são os próximos passos legais do Fluminense?

O clube já enviou recurso ao STJD, com prazo até 18h do dia 11 de outubro. Caso seja aceito, a partida pode ser reavaliada e o gol validado, garantindo pontos ao Tricolor. Caso rejeitado, a decisão da CBF permanecerá.

Esse é o primeiro caso de controvérsia com o Hawk‑Eye no Brasileirão?

Não. O campeonato já registrou duas controvérsias envolvendo o mesmo sistema nas rodadas 5 (Sport Recife × Bahia) e 8 (Atlético Mineiro × Internacional). Em ambos, dúvidas sobre a precisão dos sensores geraram discussões sobre a aplicação do VAR.

20 Comentários

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    Eduarda Antunes

    outubro 11, 2025 AT 03:47

    A situação do gol anulado deixa a gente pensando em como o futebol evoluiu tecnologicamente. Quando o VAR entra em campo, a intenção é corrigir erros claros, não criar novas controvérsias. O áudio divulgado mostra que o assistente viu o lance como "não toquei", o que deveria ter pesado a favor do gol. Por outro lado, o árbitro tem a palavra final e usou o sensor Hawk‑Eye para justificar o impedimento. Essa divergência expõe uma falha de comunicação entre o centro de revisão e o apito no gramado. Os clubes precisam de transparência nos critérios que definem o que é “erro claro”. Se a CBF não explicar como 0,17 segundo foi medido, a confiança dos torcedores cai ainda mais. O Fluminense tem todo o direito de recorrer, pois o recurso é a ferramenta que o regulamento oferece para corrigir possíveis injustiças. No caso do Mirassol, eles também merecem saber por que o gol foi invalidado, mesmo com a declaração do assistente. O debate entre técnicos, analistas e árbitros costuma girar em torno da margem de erro aceitável. Estudos mostram que sensores podem variar alguns milissegundos, o que abre espaço para interpretações diferentes. Quando essas diferenças mudam o resultado de uma partida, a pressão sobre a federação aumenta. Acredito que a CBF deva abrir um comitê independente para revisar esses casos e publicar um relatório detalhado. Isso ajudaria a educar a torcida e a diminuir as manifestações nas ruas. Enquanto isso, os jogadores continuam em campo dando o seu melhor, e é isso que realmente importa para o esporte.

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    Maria Daiane

    outubro 12, 2025 AT 14:53

    O protocolo padrão do VAR estipula que a decisão de impedimento só ocorre após análise de múltiplas câmeras e validação do algoritmo, porém no caso em questão o assistente já havia sinalizado "não há toque".
    Essa divergência poderia ser mitigada com um checklist de verificaçao em tempo real, evitando a sobreposição de instruções entre o centro de operações e o árbitro de campo.

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    Rafaela Gonçalves Correia

    outubro 14, 2025 AT 03:00

    Alguns observadores apontam que os sensores Hawk‑Eye são calibrados por empresas que têm contratos milionários com federações, o que levanta suspeitas sobre possíveis vieses nos parâmetros de medição.
    Se a margem de 0,17 segundo foi ajustada para favorecer determinadas equipes, isso poderia indicar uma manipulação sistêmica disfarçada de tecnologia.

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    Shirlei Cruz

    outubro 15, 2025 AT 13:43

    Conforme a normativa da IFAB, o VAR deve intervir apenas quando houver erro claro e óbvio; caso contrário, a decisão permanece com o árbitro de campo.

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    Williane Mendes

    outubro 17, 2025 AT 00:26

    É quase teatral assistir ao desenrolar de um caso onde a voz do assistente ecoa como autoridade, mas o árbitro opta por seguir um algoritmo que parece ter vida própria.
    A torcida sente o peso da injustiça como se fosse um golpe direto no coração da competição.

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    Jocélio Nascimento

    outubro 18, 2025 AT 11:10

    Concordo que um checklist em tempo real poderia padronizar a comunicação, reduzindo ruídos entre o VAR e o apito.
    Implementar essa medida exigiria treinamento adicional, mas traria mais coerência nas decisões.

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    Lucas Lima

    outubro 19, 2025 AT 21:53

    De fato, treinamentos regulares ajudam a criar uma linguagem comum, mas também é crucial que os profissionais compreendam a lógica por trás dos algoritmos, não apenas executem passos mecânicos.
    Quando o árbitro entende o que o sensor está medindo, ele pode fazer uma avaliação mais contextualizada, levando em conta a dinâmica do jogo.
    Além disso, a pressão psicológica do momento pode influenciar a interpretação de um milésimo de segundo, portanto, sessões de simulação de situações críticas podem ser benéficas.
    Outro ponto importante é a transparência dos parâmetros usados pelo Hawk‑Eye; se esses dados forem públicos, a comunidade terá maior confiança nas decisões.
    Vale lembrar que a tecnologia é ferramenta, não substituta da intuição humana, e o equilíbrio entre os dois é a chave para evitar controvérsias desnecessárias.
    Por fim, a federação poderia criar um canal de feedback onde árbitros, jogadores e clubes submetam sugestões de aprimoramento do sistema.
    Com essas iniciativas, a margem de erro será menos debatida e mais aceita como parte natural da evolução esportiva.

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    Cris Vieira

    outubro 21, 2025 AT 08:36

    A preocupação com contratos e viés é legítima, mas é preciso basear as acusações em evidências concretas para não alimentar teorias sem fundamento.

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    Maria das Graças Athayde

    outubro 22, 2025 AT 19:20

    É frustrante ver o VAR atrapalhar um gol claro 😤

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    Thabata Cavalcante

    outubro 24, 2025 AT 06:03

    Talvez o V‑VAR esteja tentando nos ensinar a valorizar mais a defesa do que o ataque, quem sabe?

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    Carlos Homero Cabral

    outubro 25, 2025 AT 16:46

    Não podemos deixar que um incidente afete o moral da equipe, o Fluminense tem capacidade de reagir e buscar os pontos que faltam.
    O próximo jogo será a oportunidade perfeita para mostrar que o time está focado e preparado.
    Com apoio da torcida e uma postura positiva, tudo fica mais fácil.

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    Andressa Cristina

    outubro 27, 2025 AT 03:30

    Vamo que vamo, tricolor! 🎉⚽️ Cada ponto conta, e a energia da galera faz a diferença! ✨

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    Luciano Pinheiro

    outubro 28, 2025 AT 14:13

    A análise técnica do caso deve levar em conta tanto a precisão do sensor quanto a interpretação humana, pois ambos têm papel crucial.

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    caroline pedro

    outubro 30, 2025 AT 00:56

    Na perspectiva de que o esporte é uma intersecção entre tecnologia e humanidade, o caso do gol anulado ilustra a tensão entre a objetividade dos dados e a subjetividade do julgamento.
    Os sensores fornecem números precisos, mas a decisão final depende da leitura contextual do árbitro, que considera posicionamento, velocidade e intenção dos jogadores.
    Quando há divergência entre o que o algoritmo indica e o que o olho humano percebe, surge o dilema ético de quem tem a palavra final.
    É fundamental que o regulamento estabeleça claramente os limites de atuação do VAR, evitando que a tecnologia assuma um papel autoritário.
    Ao mesmo tempo, treinar árbitros para integrar esses dados de maneira fluida reduz a margem de erro humano.
    Uma solução possível seria a criação de um painel de revisão multi‑especialista, reunindo analistas de vídeo, engenheiros de sistemas e árbitros experientes.
    Essa abordagem colaborativa poderia gerar decisões mais equilibradas e compreensíveis para todos os envolvidos.
    Ademais, a comunicação transparente com a torcida, explicando os fundamentos da decisão, diminui a sensação de arbitrariedade.
    Portanto, o caminho está em encontrar sinergia entre precisão tecnológica e sensibilidade humana, preservando a essência do jogo.

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    celso dalla villa

    outubro 31, 2025 AT 11:40

    O próximo confronto será decisivo para o Tricolor.

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    Valdirene Sergio Lima

    novembro 1, 2025 AT 22:23

    É imperativo salientar que a performance da equipe nas próximas partidas poderá determinar, de forma significativa, a sua posição na tabela classificatória; portanto, a preparação tática deve ser minuciosamente ajustada.

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    Andresa Oliveira

    novembro 3, 2025 AT 09:06

    Todos merecem um julgamento justo.

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    Luís Felipe

    novembro 4, 2025 AT 19:50

    Esse país tem tradição de honrar o futebol, não podemos aceitar falhas que mancham nosso orgulho nacional.

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    Gustavo Cunha

    novembro 6, 2025 AT 06:33

    Assistir ao jogo foi divertido, apesar da polêmica no final.

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    Fernanda De La Cruz Trigo

    novembro 7, 2025 AT 17:16

    Concordo, a partida teve momentos de brilho, mas a discussão sobre o VAR ainda deixa um gosto amargo; esperamos que os próximos encontros tragam mais emoção e menos controvérsias.

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